
terça-feira, 20 de julho de 2010
Dando de si, antes de pensar em si - Shelterbox
A ressaca da derrota brasileira nos gramados sul africanos aos poucos vem passando. Mas, aqui, em Pindorama mesmo, tem gente – em Pernambuco e Alagoas – longe de sair de uma ressaca violenta, decorrente das enxurradas de junho passado. O quadro ainda é doloroso. Ou melhor, é a cada dia mais complicado. O cenário é de um fim de guerra ou terremoto, dada a destruição que restou. São, mais ou menos, 150.000 almas sofredoras. É desolador e sem perspectivas em curto prazo. As pessoas padecem e se desesperam aguardando ajudas que só chegam à duras penas e à custa de muitas dificuldades. O pior é que, à medida que o tempo passa, a vida em abrigos sem estrutura adequada e em ambiente promíscuo, aliada à falta de higiene, doenças infecciosas se alastram complicando mais ainda o quadro. Uma cena sem precedentes.
Diante de governos impotentes – quase sempre apontados como os maiores responsáveis pela desgraça – o cidadão comum, individualmente ou reunidos em ONGs, armam mutirões de solidariedade, para fazer chegar aos flagelados ajudas emergenciais, que terminam sendo as mais importantes.
Na cena desses mutirões, algumas coisas saltam aos olhos de uma sociedade perplexa com o ocorrido: a primeira é o lamentável fato de que, mesmo diante das tragédias coletivas e de proporções dantescas, surgem indivíduos, sem caráter, que, de algum modo, tentam tirar proveito da desgraça alheia.
Repugnante a atitude de políticos que, em Alagoas, decidiram fazer chegar doações apenas para seus correligionários, isto é, no seu curral eleitoral. São figuras abjetas, fazendo campanha eleitoral no leito da desgraça! Foi preciso parar as distribuições de donativos, para impor ordem na praça. Para esses, só mesmo, uma resposta negativa nas urnas, coisa que os ingênuos não atentam fazer.
Outro caso tão repugnante quanto o de Alagoas foi o de um canalha, no Agreste pernambucano, que, por telefone, buscou empresários e pessoas físicas pedindo contribuições para uma ação de assistência aos flagelados. O vivaldino dava o número de uma conta bancária e aos poucos viu os depósitos chegando. Quando a conta já somava mais de cinco mil reais, alguém descobriu a farsa e o elemento deletério foi desmascarado e preso.
Mas, a maldade não fica por aí, porque, pasme, no meio dos donativos arrecadados, passando por triagem antes da distribuição, vão sendo encontradas inusitadas peças como brinquedo e utensílios domésticos quebrados e imprestáveis, produtos alimentícios fora da validade, roupas sujas, eletrodomésticos quebrados e sem possível conserto e, por incrível que pareça, fraldas descartáveis usadas! Esses “gentis doadores” parecem ter aproveitado a oportunidade para fazer faxina em casa.
Quanta miséria reunida, num mesmo espaço e com diferentes formas: a do flagelado, o ladrão, o mau político e o doador sem escrúpulo (delicadeza de caráter). Como pode? ...
Mas, como nem tudo está perdido e ainda existe o que costumo chamar de oposição do BEM, eis que algo diferente e competente surge nesse cenário de dor. Falo, agora, da vitoriosa ação do Rotary Club International, com seu Programa Shelterbox. Inédito no Brasil, a ajuda humanitária que essa admirável entidade internacional oferece faz, indiscutivelmente, a diferença nessa campanha de apoio aos desabrigados de Pernambuco e Alagoas.
Trata-se de uma esplêndida forma de imediata ajuda às comunidades atingidas por desastres da natureza (terremotos, inundações, tsunamis, ou similares), criado pelo Rotary International, na Inglaterra, proporcionando alivio e dignidade a pessoas desabrigadas. Foi assim, por exemplos, depois dos terremotos do Haiti e Chile, desastres na Ásia e agora ajudando nordestinos desabrigados por conta de inundações. Caixas contendo tendas de 25m², para abrigo de até dez pessoas, utensílios domésticos, colchões, fogão, depurador de água, ferramentas, brinquedos, material didático, entre outros itens são levados a pontos dos mais distantes do planeta, onde populações sofrem desastres coletivos. Aos poucos, 1.000 caixas estão sendo distribuidas em Pernambuco e Alagoas.
Orgulho-me de pertencer a essa Entidade que reúne mais de 1,2 milhão de cidadãos no mundo inteiro, dispostos a prestar serviços humanitários “dando de si, antes de pensar em si”. O BEM existe e pode ser exercitado por amor ao próximo e, nesse sentido, o Rotary International é uma referencia mundial.
NOTA: matéria criada pelo companheiro Girley Brasileiro em seu BLOG
Diante de governos impotentes – quase sempre apontados como os maiores responsáveis pela desgraça – o cidadão comum, individualmente ou reunidos em ONGs, armam mutirões de solidariedade, para fazer chegar aos flagelados ajudas emergenciais, que terminam sendo as mais importantes.
Na cena desses mutirões, algumas coisas saltam aos olhos de uma sociedade perplexa com o ocorrido: a primeira é o lamentável fato de que, mesmo diante das tragédias coletivas e de proporções dantescas, surgem indivíduos, sem caráter, que, de algum modo, tentam tirar proveito da desgraça alheia.
Repugnante a atitude de políticos que, em Alagoas, decidiram fazer chegar doações apenas para seus correligionários, isto é, no seu curral eleitoral. São figuras abjetas, fazendo campanha eleitoral no leito da desgraça! Foi preciso parar as distribuições de donativos, para impor ordem na praça. Para esses, só mesmo, uma resposta negativa nas urnas, coisa que os ingênuos não atentam fazer.
Outro caso tão repugnante quanto o de Alagoas foi o de um canalha, no Agreste pernambucano, que, por telefone, buscou empresários e pessoas físicas pedindo contribuições para uma ação de assistência aos flagelados. O vivaldino dava o número de uma conta bancária e aos poucos viu os depósitos chegando. Quando a conta já somava mais de cinco mil reais, alguém descobriu a farsa e o elemento deletério foi desmascarado e preso.
Mas, a maldade não fica por aí, porque, pasme, no meio dos donativos arrecadados, passando por triagem antes da distribuição, vão sendo encontradas inusitadas peças como brinquedo e utensílios domésticos quebrados e imprestáveis, produtos alimentícios fora da validade, roupas sujas, eletrodomésticos quebrados e sem possível conserto e, por incrível que pareça, fraldas descartáveis usadas! Esses “gentis doadores” parecem ter aproveitado a oportunidade para fazer faxina em casa.
Quanta miséria reunida, num mesmo espaço e com diferentes formas: a do flagelado, o ladrão, o mau político e o doador sem escrúpulo (delicadeza de caráter). Como pode? ...
Mas, como nem tudo está perdido e ainda existe o que costumo chamar de oposição do BEM, eis que algo diferente e competente surge nesse cenário de dor. Falo, agora, da vitoriosa ação do Rotary Club International, com seu Programa Shelterbox. Inédito no Brasil, a ajuda humanitária que essa admirável entidade internacional oferece faz, indiscutivelmente, a diferença nessa campanha de apoio aos desabrigados de Pernambuco e Alagoas.
Trata-se de uma esplêndida forma de imediata ajuda às comunidades atingidas por desastres da natureza (terremotos, inundações, tsunamis, ou similares), criado pelo Rotary International, na Inglaterra, proporcionando alivio e dignidade a pessoas desabrigadas. Foi assim, por exemplos, depois dos terremotos do Haiti e Chile, desastres na Ásia e agora ajudando nordestinos desabrigados por conta de inundações. Caixas contendo tendas de 25m², para abrigo de até dez pessoas, utensílios domésticos, colchões, fogão, depurador de água, ferramentas, brinquedos, material didático, entre outros itens são levados a pontos dos mais distantes do planeta, onde populações sofrem desastres coletivos. Aos poucos, 1.000 caixas estão sendo distribuidas em Pernambuco e Alagoas.
Orgulho-me de pertencer a essa Entidade que reúne mais de 1,2 milhão de cidadãos no mundo inteiro, dispostos a prestar serviços humanitários “dando de si, antes de pensar em si”. O BEM existe e pode ser exercitado por amor ao próximo e, nesse sentido, o Rotary International é uma referencia mundial.
NOTA: matéria criada pelo companheiro Girley Brasileiro em seu BLOG
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